Na poeira do Fim
os gritos de revanche do recomeço
Corpo cansado, andando, querendo, chegando...
Olhos cerrados pelo peso do medo
medo de enxergar a ácida realidade
que corroí ao meu redor
corroí isso, aquilo, e corroí a minha alma.
Mesmo de olhos fechados consigo ver
não consigo achar nenhuma mascara que caiba em meu rosto
Alguma coisa banal que possa esconder meu desgosto.
Rolando no colchão e suando
em desespero sem dormir
sem entender como alguém pode ferir a outro alguém
sem nem conhecer, só pelo que vê.
Ao caminhar as cegas por um lugar pintado de sol e luz
O Palhaço raivoso, sem papel e lamentoso
destruindo meu cenário com seus olhares e piadas
algo de insosso em sua cara.
Esmaga-me o Osso, arranha-me o Peito, Tira-me o direito de Amar
Tu me feres assim, e eu hei de te jogar flores de perdão.
A cada tapa desferido ao meu rosto em nome de Deus
do teu espirito também será ferido.
Queria poder fazer-lhe enxergar o que há de bonito
oque importa na vida.
Acorda e lava as suas veias de guerra
desse sangue podre, de lutar e agredir sem saber porque!
Apague o começo e reescreva o final.
Autor: John Urbanetz