Eu me permito ir
pra me buscar
pra não ficar por ficar
pra não ficar sem chorar
eu me prendi aqui
só estou livre no mar, lá sim!
como uma pluma a voar bem alto
me desprendendo de tudo
até mesmo do coração já cansado
que naquele instante me deixa ter plenitude
minhas lagrimas cortam o azul mesclado de branco.
As libero e ganho mais ar para voltar pra mim
mais ar para continuar.
E quando eu me deixo banhar
pra confundir os tolos
pra confundir a mim
olho por dentro e vejo a luz sempre acesa
essa chama que queima tão intensa
essa força que se confronta e se mistura com a fragilidade.
Abrem-se as estradas
de flores maltratadas
mas que só precisam existir para que se exale felicidade aos peregrinos.
Que não se permitem ir
que são de ficar
ficar pra lutar
eu já fui de ficar
mas parei de me machucar
porque me machucar machuca as rosas da minha estrada
Estrada longa e suportável por elas.
Pelos cantos as velas me permitem ver la longe alguém
calmamente a vir ao meu encontro
para descobrir meus sorrisos verdadeiros.
Autor: John Urbanetz