quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

TRISTE REALIDADE!


Na poeira do Fim 

os gritos de revanche do recomeço
Corpo cansado, andando, querendo, chegando... 
Olhos cerrados pelo peso do medo 
medo de enxergar a ácida realidade

que corroí ao meu redor 

corroí isso, aquilo, e corroí a minha alma.
Mesmo de olhos fechados consigo ver
 não consigo achar nenhuma mascara que caiba em meu rosto 

Alguma coisa banal que possa esconder meu desgosto.

Rolando no colchão e suando 

em desespero sem dormir 
sem entender como alguém pode ferir a outro alguém 
sem nem conhecer, só pelo que vê.

Ao caminhar as cegas por um lugar pintado de sol e luz 
O Palhaço raivoso, sem papel e lamentoso 
destruindo meu cenário com seus olhares e piadas 
algo de insosso em sua cara.
Esmaga-me o Osso, arranha-me o Peito, Tira-me o direito de Amar 
Tu me feres assim, e eu hei de te jogar flores de perdão. 
A cada tapa desferido ao meu rosto em nome de Deus 
do teu espirito também será ferido.

Queria poder fazer-lhe enxergar o que há de bonito 

oque importa na vida. 
Acorda e lava as suas veias de guerra
desse sangue podre, de lutar e agredir sem saber porque!
Apague o começo e reescreva o final.

Autor: John Urbanetz












terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O DIFERENTE

Coisas passam pela gente lentamente quando se é alguém aparte da aparente normalidade humana
Os momentos tão felizes passam tão despercebidos 
tão felizes e tão normais! 
E passam a ser impossível realizar para alguém que sente.
mas será que é só isso?
 aquela que te beijou um dia 
e que hoje já não é tão normal assim 
está rodeada de amigos, de namoradas, de namorados.


mas oque fazer quando se tem sentimentos em primeiro lugar na vida?! 
será essa a sentença que o destino me delega?
O Tempo deu um tempo de mim 
passos pesados que pisoteiam as minhas escritas 
espalhadas em tom de desespero 
e formam um labirinto 
em que eu tento voltar 
retroceder os ponteiros do relógio e me reformular ao nascer 
mesmo tendo orgulho de como eu sou 
é fardo muito pesado ser diferente e eu não sei se aguento.
Os meus pés me levaram a um lugar 
não estava chovendo, mais parecia estar.


as mãos brutas de uma mulher normal que falava ameaça aos gritos no telefone com os filhos 
me venderam os ingressos que pareciam ingressos para uma esperança 
mais só pareciam.
Aquela multidão parecia me excluir daquele momento 
e palavras tão torpes eu tive que escutar 
e até um abraço uma conhecida me negou com o olhar. 
Eu não me arrependo, eu não culpo. 
E quando chegada a hora 
a multidão que parecia me excluir vestiram suas mascaras 
e me aplaudiram de pé. 
Há muita incerteza 
mais nunca arrependimento para alguém como eu 
Eu sinto.
Autor: John Urbanetz